O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse hoje que rasgaram o cartão de vacinação da sua mãe, Olinda Bunturi Bolsonaro, de 93 anos, logo após a aplicação da primeira dose do imunizante contra a covid-19. Em live semanal transmitida pelas redes sociais, Bolsonaro afirmou que, na semana passada, a mãe recebeu a vacina AstraZeneca/Oxford contra a covid-19, mas que no cartão consta a vacina CoronaVac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan em parceria com o governo de São Paulo.
"Aqui está o cartão de vacina da minha mãe, ela foi vacinada no dia 12 de fevereiro, primeira dose, lote tal, fabricante Oxford. 'Tá' aqui. Ela foi vacinada e o cara [profissional de saúde que aplicou a vacina] foi embora. Horas depois ele volta apavorado, chamou a pessoa que acompanha minha mãe, pegou o cartão de vacina e rasgou. Daí entrega para minha mãe um cartão escrito vacina do Butantan", afirmou Bolsonaro.
Em nota ao UOL, a Prefeitura de Eldorado, cidade do interior de São Paulo onde vive a mãe de Presidente, informou que "por motivos de sigilo de dados sensíveis de pacientes, não divulgamos e não iremos divulgar qual imunizante foi aplicado" e que tal dado só pode ser divulgado por autorização expressa da pessoa ou familiares ou por determinação judicial.
A Prefeitura ressaltou que órgãos de controle externos têm acesso a esses dados, "para os quais é feita a transferência do dever de preservação de sigilo".
A administração municipal informou ainda que "uma sindicância administrativa será instaurada para apurar os fatos e possível falta disciplinar por parte do profissional de saúde. Outras medidas legais também poderão ser tomadas no decorrer das investigações".
Na sexta-feira (19), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) —adversário político do presidente Bolsonaro—, classificou a denúncia de "absurda". A equipe do tucano disse que não foi notificada oficialmente deste caso, mas ficou sabendo apenas pela imprensa.
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